Crianças que têm contato com cães e gatos durante o primeiro ano de vida são mais saudáveis e têm menos infecções respiratórias do que crianças que não tem contato com esses animais. Isso foi observado em um estudo publicado na revista Pediatrics em agosto de 2012. Foram acompanhadas 397 crianças na Finlândia da gravidez até 1 ano. Os autores concluíram que contatos com animais podem influenciar na maturação do sistema imunológico na infância, levando a um menor tempo de infecção e melhor resistência a doenças respiratórias. Nesse estudo, cães ofereceram mais proteção do que gatos. Mas, doutora, e a relação deles com as alergias respiratórias? Para responder a esse questionamento super comum, separei um estudo que foi publicado na Revista JAMA Pediatrics, em novembro de 2015, chamado “Early Exposure to Dogs and Farm Animals and the Risk of Childhood Asthma”. Esse estudo Sueco analisou dados entre os anos de 2007 e 2012, totalizando mais de 1 milhão de crianças. E o que esse estudo observou foi que crianças que tinham contato com cachorros no primeiro ano de vida tinham 13% menos risco de ter asma/bronquite após os 6 anos de idade. Além disso,  os pequenos que crescem em fazendas, rodeado de animais, têm uma redução de 50% no risco de asma/bronquite na idade escolar. Há também algumas evidências que apontam que ter um animal de estimação pode fazer com que crianças se sintam mais empáticas e responsáveis. Além disso, estudos mais antigos mostraram que animais de estimação aumentam a quantidade de tempo em que as famílias passam juntas. E em tempos de tantas distrações em mídias digitais, isso já parece uma grande vantagem! No entanto, é importante ressaltar que sim, algumas crianças podem ser alérgicas ao pêlo do cachorro ou gato, por exemplo. E isso pode ser diagnosticado pelo pediatra que acompanha o desenvolvimento do seu filho que, se for o caso, vai encaminhá-lo para uma avaliação mais completa com um médico especialista.
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