Chega um momento em que alguns casais estão estáveis financeiramente e começam a pensar na possibilidade de poupar alguma quantia mensal para os filhos. É, então, que surgem as dúvidas. Afinal, será que a previdência privada ainda é um bom investimento para o futuro das crianças?
Para a corretora de seguros Bethe Duarte, essa opção é uma forma inteligente de planejar o futuro dos filhos. “Vejo como principais benefícios a possibilidade de fazer uma reserva financeira para fins de educação, por exemplo, ter dinheiro para pagar a faculdade quando tiver 18 anos, proporcionar um intercâmbio no exterior aos 22 anos ou outros sonhos, e o responsável financeiro, ainda pode usufruir dos incentivos fiscais”, afirma.
Além de possibilitar uma fonte de reserva financeira para a posterioridade, a corretora de seguros Estefani Abdalla de Toledo lista ainda outros pontos positivos desse tipo de aplicação. “Outra vantagem, que talvez seja a mais importante, é o caráter sucessório que dispensa o inventariado em caso de falta do responsável, permitindo ao beneficiário acesso imediato ao montante. Portanto, são vários os benefícios de ter uma previdência infantil: flexibilidade na hora de utilizar este dinheiro, uma segurança financeira para a criança no futuro e possibilidade de transferência de patrimônio sem complicação”, reforça.
Estefani lembra ainda que não existe uma idade mínima da criança para abrir uma previdência privada. “A única exigência é que a criança tenha um CPF e que a conta seja feita por um responsável, ou seja pais, padrinhos, avós, tios, qualquer um pode fazer uma previdência infantil. Quanto antes iniciar, maior o montante arrecadado no período planejado. Dispondo de um prazo mais elástico, o contribuinte poderá incluir no orçamento mensal aportes sem comprometer sua renda”, orienta a profissional.
De acordo com Bethe, é possível iniciar o investimento com valor mais baixo e ir aumentando conforme necessidade da família. “Você pode desembolsar um valor módico para iniciar, que não vá fazer falta no seu orçamento e, à medida que o tempo passar, pode ampliar o valor de pagamento mensal e ainda fazer aportes, valores extras, que vão ampliar o valor da reserva da previdência”, explica.
Quais são as modalidades de previdência privada existentes?
Há dois tipos de previdência privada e a escolha por uma delas depende da necessidade do investidor (a). “Tem a PGBL (Plano Gerador de Benefícios Livres), na qual o responsável financeiro pode usufruir do benefício do incentivo fiscal de até 12% de sua receita bruta anual, e o VGBL (Vida Gerador de Benefícios Livres), para quem já usufrui dos 12% e mesmo assim deseja investir um pouco mais e para quem faz declaração no modo simplificado ou isentos”, pontua a corretora de seguros Bethe Duarte.
Como fazer uma previdência privada infantil?
Fazer uma previdência privada para o filho e/ou filha é algo bastante simples e fácil. Entretanto, a corretora de seguros Estefani Abdalla de Toledo explica que, ao contrário do que as pessoas pensam, esse produto é disponibilizado pelas seguradoras, e os bancos atuam como distribuidores. “Portanto, uma corretora especializada é o canal apropriado para definir a melhor estratégia em consonância com o cliente”, pondera.
Sendo assim, o primeiro passo é contratar uma proposta com o corretor de sua preferência. “O trabalho consiste em buscar o produto adequado à taxas justas e com previsões de retornos desejáveis. Para isso contamos com os principais produtos e companhias seguradoras”, explica Estefani.
Então, converse com o profissional para poder decidir se o modelo que melhor se aplica ao seu perfil é o PGBL ou VGBL. “Você vai precisar escolher o modelo de tributação, se será regressiva ou progressiva, de acordo com tempo de aplicação. Isso vai influenciar diretamente na tributação do investimento e no momento de resgate da mesma”, ressalta Bethe.