Basta entrar em uma loja de brinquedos para surgir a indecisão. As opções são inúmeras, tanto nos preços, quanto nos tamanhos, estilos e funcionalidades. Uma boa alternativa pode ser optar por aqueles que estimulam o aprendizado das crianças de maneira lúdica. Mas, afinal, como escolher brinquedos que potencializam o brincar?
A primeira dica da professora de educação infantil Alcione Lima S. Umbuzeiro, que também é pedagoga e psicopedagoga, é para observar as características e intencionalidade de cada fase, respeitando as etapas do desenvolvimento infantil. “Para as crianças maiores, o brinquedo é capaz de representar a realidade imaginária, estimulando o faz de conta e a criatividade. Por esse motivo, pensar na faixa etária é uma das características fundamentais. O brinquedo precisa potencializar os sentidos das crianças, a coordenação, equilíbrio, criatividade, associação, entre outros”, afirma.
Outro ponto destacado pela pedagoga Nayka Patricia Guimarães Miranda, que também é psicopedagoga institucional e clínica, é para analisar a função educativa do brinquedo. “Os brinquedos devem estimular as aprendizagens educativas, que desenvolvam os seis direitos de aprendizagem e a maneira com elas aprendem que é: conviver, brincar, participar, explorar, expressar, conhecer-se. Através do brincar a criança é conduzida a uma aprendizagem significativa”, ressalta.
Qual a importância do brinquedo educativo para o desenvolvimento infantil?
De acordo com a pedagoga Nayka Patricia Guimarães Miranda, o ato de brincar leva a criança a experimentar, descobrir, inventar, aprender e, consequentemente, possibilita que ela adquira habilidades importantes para seu desenvolvimento. “Também estimula a curiosidade e autoconfiança, a autonomia e, ainda, o desenvolvimento da linguagem, do pensamento, imaginação e da coordenação motora”, pontua.
O brinquedo, por sua vez, também contribui para o desenvolvimento infantil, sendo um importante aliado no processo de aprendizado. “Através de brinquedos a criança se desenvolve em vários aspectos, pois além de ter a curiosidade, a autoconfiança e a autonomia estimuladas, desenvolve a linguagem, a concentração e a atenção. O brinquedo estimula a coordenação motora, a criatividade, a memória, além de facilitar o desenvolvimento cognitivo, emocional e social”, lista a professora Alcione Lima S. Umbuzeiro.
Saiba quais brinquedos você deve evitar
Além de levar em consideração a idade indicada pelo fabricante do brinquedo, a psicopedagoga Nayka Patricia Guimarães Miranda sugere aos pais para observarem as habilidades, capacidades e interesse dos filhos e/ou filhas.
“Devem também seguir as recomendações de segurança do fabricante, verificar se o brinquedo possui certificação de qualidade e assegurar-se de que todas as instruções sobre o uso estão claras, bem como se estão presentes informações sobre a presença de elementos inflamáveis ou tóxicos na sua fabricação e sobre como devem ser higienizados”, acrescenta.
Brinquedos tecnológicos, que pouco precisam da interação da criança, devem ser evitados. “Evite ao máximo uso de telas, tablet, celular, computador… É importante que a criança tenha uma rotina, principalmente para uso da tecnologia”, completa.
5 dicas para a escolha do brinquedo
- Valorize brinquedos simples;
- Opte por brinquedos pedagógicos;
- Prefira as opções que desenvolvem habilidades cognitivas e raciocínio lógico;
- Procure por modelos que estimulam a atenção, concentração e a coordenação motora;
- É possível encontrar brinquedos que ajudam a lidar com os sentimentos, contribuindo para o desenvolvimento do equilíbrio emocional.
Conteúdo para se inspirar
A designer e pedagoga Maíra Gomes, que também é educadora parental, administra o perfil @desbrinquedo no Instagram. Lá, a profissional compartilha dicas preciosas para criar brinquedos em casa, proporcionar ambientes que potencializam as habilidades infantis e, ainda, traz um guia de como escolher brinquedos para as crianças.
Outra reflexão que a pedagoga traz aos seguidores é sobre as vantagens dos pequenos e pequenas terem poucos brinquedos. De acordo com Maíra, deixar poucas opções disponíveis para as crianças funciona como um incentivo para estimular a criatividade dos baixinhos.
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