A pandemia global causada pelo aparecimento do novo coronavírus (COVID-19) tornou-se um grande desafio para os profissionais da saúde. Ainda em março, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA) recomendou a interrupção dos tratamentos eletivos, permitindo para a área odontológica, que os atendimentos fossem restritos a urgências e emergências. 

Tratando-se da odontopediatria, as emergências, geralmente, limitam-se a dores agudas, traumatismos dentários, infecções orais e maxilofaciais. E elas continuam a acontecer com frequência. No entanto, na presença de algumas alterações bucais, muitos pais ficam em dúvida e não sabem como proceder, questionando se seu filho (a) necessita de atendimento. Neste caso, é muito importante que eles entrem em contato com o odontopediatra de sua confiança. Ele irá orientar a família da melhor maneira, instruindo quanto aos cuidados a serem tomados em casa, além de certificá-los se há ou não necessidade da ida ao consultório. 

Caso seja necessária, a criança, ao chegar ao consultório, perceberá que seu dentista estará vestido de uma maneira totalmente diferente do que ela estava acostumada, e isso pode causar certo estranhamento. O uso de Equipamentos de Proteção Individual – EPI (máscara cirúrgica, avental, gorro, óculos/protetor facial) é imprescindível nesse momento, visto que o vírus pode permanecer viável e infeccioso em aerossóis por horas e, em superfícies, por dias. Com muita paciência e carinho, o profissional irá explicar ao paciente que o uso dessa “roupa estranha” é importante nesse período, para que possamos juntos combater essa doença!

Porém, vale lembrar que a Organização Mundial de Saúde recomenda, neste momento, reclusão. E que as famílias, além de reforçarem a importância da lavagem das mãos e dos cuidados com a higiene geral, auxiliem as crianças na manutenção da saúde bucal.  A escovação e o uso do fio dental são imprescindíveis na prevenção de doenças bucais e potenciais emergências. É importante lembrar que as escovas de dente são de uso pessoal e nunca devem ser compartilhadas entre os integrantes da família. 

Caso a criança tenha testado positivo para o coronavírus ou tenha apresentado sintomas suspeitos como tosse, febre e falta de ar, a escova em uso deve ser descartada logo após a remissão desses sinais. As incertezas vivenciadas no momento nos trazem questionamentos e muitas vezes insegurança, mas é fato que estaremos sempre aqui prontos para acolher nossos pequenos pacientes e suas famílias!

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