Se a internet já estava presente na vida de muitas crianças antes da pandemia, atualmente o mundo virtual tornou-se mais participativo ainda do cotidiano da maioria dos pequenos. Afinal, o ensino remoto foi adotado por grande parte das escolas. Além disso, com o isolamento social, o contato com familiares e amigos, assim como o entretenimento, também só foi possível, em diversos momentos, por meio da tecnologia. Por isso, falar sobre a segurança na internet passou a ser ainda mais imprescindível. Afinal, como proteger as crianças dos perigos virtuais?
Ao mesmo tempo que a tecnologia ajudou a aproximar as pessoas e possibilitou manter os estudos, durante o cenário pandêmico, é preciso lembrar que são inúmeros os riscos que a internet oferece às crianças, como golpes e até mesmo a ação de pedófilos. Por isso, o empreendedor digital João Cardoso, que já trabalhou com infraestrutura de tecnologia da informação, a supervisão dos pais e responsáveis é fundamental.
“Imagina que deixar as crianças na internet de forma livre sem supervisão é como deixar o seu filho ir ao shopping sozinho, só porque lá tem câmeras e seguranças. Existem grandes chances de que nada perigoso aconteça, mas também existe a chance do seu filho encontrar com pessoas mal intencionadas e que, após algum tempo, essas pessoas consigam convencer o seu filho a sair do shopping com elas. O passeio pode se transformar num pesadelo em pouco tempo”, exemplifica.
Por isso, Cardoso ressalta que a principal dica de segurança é a manutenção de um estado de vigilância permanente. “Não precisa se tornar um espião e acompanhar todos os passos dos filhos na internet, afinal nem temos tempo para isso. Mas é necessário estarmos conscientes de que precisamos, no mínimo, umas duas vezes por semana se dedicar a aprender um pouco mais sobre tecnologia e acompanhar o conteúdo que as crianças estão vendo na internet”, afirma.
7 dicas para proteger seu filho e/ou filha dos perigos virtuais
O site internetsegura.br disponibiliza um guia para que as crianças possam aprender e se divertir de forma segura na internet. Confira as principais recomendações:
- Ensine sua criança a ter cuidado com pessoas estranhas, que ela conhece apenas pela internet;
- Fale sobre a importância do seu filho não deixar ser filmado e jamais enviar uma foto dele;
- Não acessar sites ou links que uma pessoa não conhecida enviar;
- Explique para a criança que ela pode contar sempre com você. Ensine que ela deve falar imediatamente com você, caso um desconhecido tenha uma atitude estranha, como ameaçar ou pedir segredo;
- Fale sobre a importância de nunca fornecer dados pessoais, como endereço e telefone;
- Deixe claro que a criança nunca deve aceitar marcar um encontro, sem o seu conhecimento;
- Ao jogar um jogo on-line, oriente sua filha e/ou filha a usar um apelido.
Mãe compartilha preocupação das filhas acessarem conteúdo adulto
No início da pandemia, a bancária Vera Casimiro, de 36 anos, conseguiu a permissão da agência onde trabalha para conseguir fazer home office e, então, ficar mais próxima das suas duas filhas, de 10 anos e 7 anos, que também estavam em casa, com ensino remoto.
Com a rotina atribulada, Vera sentiu a necessidade de permitir que as filhas ficassem mais tempo nas telas, além da utilização da internet para assistirem às aulas. “Eu nunca permiti que elas ficassem horas no celular. Não é o que acredito ser adequado para a idade delas. Mas eu não tive outra alternativa para dar conta do trabalho no banco”, desabafa.
Uma das preocupações da bancária sempre foi de as filhas acessarem conteúdos adultos. “Eu tenho muito medo que elas vejam algo com conotação sexual, por exemplo. Eu converso bastante sobre como elas podem usar o celular. Mas, por garantia, ativei um modo de segurança no celular, filtrando os conteúdos impróprios”, explica. No YouTube, Vera conta que recorreu a mesma tática e acionou um botão de segurança que existe na plataforma.
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