Viajar sem sair do lugar, conhecer novas culturas, se aventurar por mundos mágicos e mergulhar em fantasias… São inúmeras as sensações proporcionadas em cada virada de página, não é mesmo? Mas, nessa história toda, há quem queira ser o protagonista e não apenas participar passivamente do processo. São pessoas que, mais que gostarem de ler, são apaixonadas também pela escrita e dedicam seu tempo em escrever livros! Para comemorar o Dia Nacional do Livro Infantil, celebrado no dia 18 de abril, o Family Center entrevistou três pequenas escritoras. Conheça a história de três meninas, que já tiveram livros publicados.
Aos 9 anos, Maria Fernanda prepara seu segundo livro
Maria Fernanda Gonçalves Bittencourt Cardoso Pires tem 9 anos e mora no Rio de Janeiro (RJ). Ela é autora do livro “Bruce o Cão da Minha Dindinha”, publicado pela editora Perfil Editoral, e já está preparando seu segundo livro.
Ela conta que desde pequena sempre ganhava livros de presente e, conforme foi crescendo, o interesse pela leitura foi aumentando. “Mas como não sabia ler, pedia aos meus pais lerem para mim antes de dormir. Para mim os livros são passaportes para maravilhosas viagens”, afirma.
Aos 7 anos, Maria Fernanda começou a escrever versinhos e histórias. “Essas historinhas e versinhos eu levava para a tia Denise Dias, minha professora da alfabetização para corrigir. Até que ela me pediu para escrever uma história e fazer alguma coisa criativa para contar a minha história”, conta.
Foi assim que surgiu seu primeiro livro. “Como inspiração foi o dia a dia com o Bruce, porque eu tenho a rotina de ir para a casa dos meus avós quando meus pais saem para trabalhar, e acompanhei toda a vida desse cãozinho travesso, desde a sua chegada”, explica.
A autora Maria Fernanda Gonçalves Bittencourt Cardoso Pires
Segundo a pequena escritora, os pais têm papel fundamental em sua paixão pelos livros, por sempre a incentivaram, tanto a ler, quanto a escrever. “Quando estou lendo, parece que estou dentro da história e isso acontece porque amo muito a leitura e me motiva a outras leituras. E quando vou escrever, primeiro penso no assunto, nos personagens e depois dou início a uma história e, ai, as ideias começam a surgir e começo a viajar no universo das letras e palavras”, ressalta.
Paixão por contar histórias surgiu antes da alfabetização
Aos 8 anos, Stella Torelli já tem dois livros publicados: “A Coelhinha Aninha” e “Laços de Amizade”. O terceiro será publicado em 18 de abril, exatamente quando é comemorado o Dia Nacional do Livro Infantil. Trata-se de uma coletânea chamada “De volta à Infância”.
Stella conta que desde bebê é influenciada pelos seus pais, que são grandes apreciadores dos livros. “Sempre contei histórias mesmo antes de aprender a ler”, enfatiza.
A autora Stella Torelli
Seu primeiro livro foi escrito quando ela tinha apenas 6 anos. “Me inspirei depois que vi umas fotos da minha coelha que ficou em Goiás quando mudei para Fortaleza, onde moro atualmente. Me deu uma saudade tão grande que resolvi fazer uma homenagem a ela. É uma história baseada em fatos reais, mas com algumas modificações para não ficar tão triste”, explica.
Sua maior motivação pela leitura é a alegria que sente ao aprender novas palavras, além de viajar em cada história. E, para ela, escrever é igualmente prazeroso. “Escrever é muito bom. Do nada, surge uma ideia e eu escrevo. Me sinto feliz em saber que posso influenciar outras crianças a terem amor pelos livros e pela leitura”, pontua.
Apaixonada pelos livros, Alyssa é contadora de histórias
A contadora de histórias Alyssa Tomiyama, tem 13 anos, e mora em Americana (SP). Aos 11 anos, a adolescente teve um texto selecionado pela Editora Adonis para a coletânea “Letra Viva”. Além disso, ela também é coautora do livro “Sinto o que Conto, Contos que Sinto”.
Todo o amor pelos livros foi resultado do estímulo que recebeu da própria mãe. “O interesse pelos livros surgiu graças ao incentivo e estímulo da minha mãe. Ela lia para minha desde a gravidez, contava histórias desde bebê e sempre tivemos livros espalhados pela casa. Desde pequena ela me levava em livrarias e bibliotecas”, conta.
Para Alyssa, ler tem um gostinho especial. “Com a leitura consigo relaxar, principalmente neste momento em que a gente está vivendo, que é a pandemia e o isolamento social. Eu consigo viajar para outros mundos, conhecer novas culturas, novas pessoas, sem sair do lugar e aprendo muito”, compartilha.
A escrita, por sua vez, a adolescente enxerga como uma terapia. “Você consegue colocar no papel seus sentimentos e ideias. E, o mais legal, é que outras pessoas poderão ler, você pode ajudá-la de alguma forma, em algum momento”, exemplifica.
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