Empatia é a capacidade de se conectar e se colocar no lugar no outro. É ver pela perspectiva da outra pessoa, sentir o que ela sente e reconhecer as suas emoções sem precisar concordar, deixando qualquer julgamento de lado. Muitos pais se perguntam como ensinar e fazer as crianças praticarem a empatia. Saiba que só é possível ensinar, se você a vivencia. Assim, o pai ou a mãe conseguirá modelar uma criança para que ela tenha empatia. E o momento para isso não poderia ser mais propício. Vivenciamos atualmente uma pandemia devido ao coronavírus e se colocar no lugar do outro pode ser um desafio para muitas pessoas. Muitas famílias estão em isolamento social e permanecer todos juntos por mais tempo faz com que algumas opiniões sejam divergentes e os ânimos de exaltem. Somado a isso, estão por aí todo tipo de notícias e opiniões na televisão e redes sociais. Diante desse cenário, como ter empatia e praticar em casa com a família e com aqueles que pensam diferente de nós?

Linguagem empática

Se você sempre pratica a empatia, saiba que consequentemente seu filho vai aprender também. Ainda mais que o principal modo como podemos ensinar algo a uma criança é através do exemplo. Para agir com empatia, é necessário usar a comunicação não violenta. Isso se faz através de uma linguagem que conecta e que estabelece uma comunicação bem-sucedida, no qual o ouvir é mais importante que julgar e criticar. A comunicação não-violenta se refere a forma como você se comunica e qual a linguagem utilizada. Em síntese, existem 2 tipos de linguagem, segundo o Instituto Comunicação Não-Violenta Brasil. São elas: 1 – linguagem que induz culpa
  • Coloca a responsabilidade no outro sem responsabilizar-se
  • Diagnostica, taxar e julgar o outro.
  • Fala como se sente utilizando a voz passiva. (ex: me senti desrespeitado).
  • Expressa um pensamento/julgamento disfarçado de emoção (ex: eu sinto que essa situação…)
  • Diz como se sente sem adicionar nada.
  • Linguagem corporal (passivo-agressividade)
2 – linguagem empática Escuta ativa, responsiva, curiosa e conectada com os sentimentos e necessidades do outro (e de si mesmo), gerando espaço de co-criação para uma nova estratégia. A linguagem empática aproxima, promove a conexão e nos transmite a confiança e segurança de estar sendo compreendidos.

Herança cultural

Para se ter empatia, é preciso praticar, incorporar e utilizar a linguagem empática. Infelizmente, na nossa sociedade o que prevalece ainda é a linguagem que culpa. Isso vem da herança cultural na qual fomos educados. Nela, quem tem autoridade e poder manda e assim consegue controlar os demais.  Está presente nas escolas e no governo, que ainda ensinam isso. Hierarquia e autoridade são importantes, inclusive dentro de casa, mas não se deve usá-los com linguagem que induz a culpa e o julgamento. A empatia é uma das principais habilidades de vida que devemos ter. Da mesma forma, é muito importante ensiná-la às crianças. Assim, elas aprendem desde cedo a respeitar o sentimento dos outros, não julgar e apoiar. Quer praticar e ensinar as crianças a terem empatia? Cultive relacionamentos respeitosos, usando uma linguagem com conexão e empatia. Neste caso, você se identifica e enxerga no outro os mesmos sentimentos e desafios.  Quando você se coloca no lugar do outro, vê as coisas por um outro ângulo. Apesar da vida corrida de cada um e da velocidade das coisas, demonstre interesse e real vontade de ajudar. Se quiser mostrar empatia, deixe de lado as suas preocupações e escute o que o outro tem para falar com o coração aberto, deixando de lado a sua opinião e qualquer julgamento.
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