Outubro é oficialmente o mês dos professores. As redes sociais congestionam de tantas homenagens aos educadores e suas inúmeras lições de vida. Frases de protesto, manifestos de indignação também aparecem nos feeds de notícia, fazendo coro, tomando partido dos nossos mestres professores. Nas salas de aula, chocolates, flores, day spa, todo tipo de presente para mostrar apreciação ao nosso nobre ofício de educar. É realmente muito bom ser professor no dia 15 de Outubro.
Quando os presentes e as homenagens se vão, seria ótimo que as reuniões de pais permanecessem lotadas, que os dados e as estatísticas permanecessem no foco das notícias, que o respeito e a apreciação ao trabalho do professor simplesmente permanecessem, fora dos embrulhos de presente, nas pequenas ações cotidianas.
Quando o aluno reclama da nota baixa, seria ótimo que o pai ponderasse antes de se queixar da qualidade da aula do mesmo mestre que “tem em suas mãos o poder de transformar o mundo”, como diz uma dessas frases de internet. Porque “heróis de verdade não vestem capas, eles ensinam”, seria ótimo se, vez ou outra, os pais aparecessem na escola para saber como caminha o desenvolvimento de seus filhos. Porque “professor é aquele que pega na mão, abre a mente e toca o coração”, seria ótimo que os pais questionassem, vez ou outra, os julgamentos feitos por seus filhos adolescentes e conversassem com os mestres sobre o que se passa no ambiente de sala de aula. Enfim, seria ótimo, que o Facebook fizesse valer sua palavra na vida real.
Como respeito vai muito além da propaganda, agradeço o presente, agradeço o manifesto, mas prefiro a presença, o olho no olho, o diálogo e a confiança. Que os seguidores das hashtags lotem as próximas reuniões de pais e participem, cada vez mais, da educação de seus filhos! #natorcida